Super Smash Bros. Brawl - Wii

Confronto das estrelas!
Alguns jogos se tornam mais aguardados que os restantes por serem continuações de obras de sucesso. Por fazerem grandes promessas. Ou por sofrerem sucessivos adiamentos. Ou ainda por envolverem mistério em demasia. Super Smash Bros. Brawl é desejado por tudo isso desde que foi apregoado na E3 2006. Exclusivo do Wii, o terceiro capítulo da série de luta da Nintendo é praticamente um serviço prestado aos fãs. E já é um dos títulos de maior importância de todos os tempos. Precipitação? Que game tem Mario, Sonic e Snake? Qual outro já envolveu os designers Shigeru Miyamoto, Masahiro Sakurai, Hideo Kojima e os compositores Nobuo Uematsu, Koji Kondo e Yuzo Koshiro? Só Brawl.

Da simplicidade à imponência
Nem sempre houve tanta expectativa com o advento de um jogo da série. Curiosamente, Super Smash Bros. alvoreceu sem muita pretensão. Depois de produzir obras com orçamentos dispendiosos como Super Mario 64 e The Legend of Zelda: Ocarina of Time, a Nintendo decidiu apostar em games baratos feitos por equipes pequenas, mas que fossem inovadores. Assim, o estúdio second-party HAL Laboratory, com a direção de Masahiro Sakurai (o criador de Kirby), desenvolveu Super Smash Bros. para Nintendo 64, que chegou ao Japão em 1999. Seria lançado inicialmente apenas por lá um título de pancadaria simples, que reunia 12 combatentes (quatro deles secretos) da Big N, como Mario, Link, Kirby e Pikachu. Uma surpresa: êxito absoluto no arquipélago nipônico. A Nintendo então decidiu publicar no ocidente. Mais sucesso ainda. Total de 5,55 milhões de cópias pelo mundo.

Estabelecidos os alicerces, a Big N então investiu pesado na continuação para GameCube, novamente sob a tutela de Masahiro Sakurai e da HAL Laboratory. Cenários pré-renderizados dão lugar a estágios poligonais. Número de lutadores expandido para 26. Modelos dos personagens melhoram infinitamente. Há um tema orquestrado e os arranjos elaborados complementam as batalhas de maneira magnífica. As alusões aos jogos antigos eram muitas e enalteciam ainda mais o passado ilustre da Nintendo. Super Smash Bros. Melee sobreveio em 2001 e alcançou 6,58 milhões de unidades comercializadas pelo planeta, tornando-se o título de maior vendagem do GameCube.

Os jogadores estavam afortunados, Sakurai não. Deixou a HAL em agosto de 2003. “Para mim era duro ver que cada vez que fazia um jogo novo as pessoas presumiam que era uma seqüência”, disse em entrevista à Nintendo Dream. Já independente, ele concebeu em parceria com Tetsuya Mizuguchi, ex-SEGA e fundador da Q Entertainment, o puzzle Meteos para DS em 2005. Nesse mesmo ano, instituiu o seu próprio estúdio, Sora.

Eis que o presidente da Nintendo, Satoru Iwata, o convidou pessoalmente para participar do próximo Super Smash Bros., que liderava pesquisas no Japão de qual jogo de Wii deveria ter modo online. A despeito das insatisfações que o levaram à evasão da produtora, Sakurai aceitou o convite, novamente assumindo o cargo de diretor. Foi convencido sobretudo pelas palavras de Eiji Aonuma, atual mentor de Zelda, de que só ele poderia dar continuidade à série de forma satisfatória.

Para a confecção de Brawl, a Nintendo então erigiu uma nova softhouse residente em Tóquio, a qual Sakurai atende apenas por “The Studio”, que recebeu da HAL livre acesso para os materiais e ferramentas de desenvolvimento de Melee. Parte da equipe de 70 pessoas, que é supervisionada pelo idealizador de Mario e Zelda, Shigeru Miyamoto, havia trabalhado em um jogo da Nintendo mantido em sigilo e ainda é totalmente fascinada por Smash Bros., tendo acumulado a impressionante marca de 10 mil batalhas. É um jogo de fãs para fãs.

Fonte: Nintendo.com